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Transparência


(...)

Ela era de muitos (corpos) e de nenhum
Andava nua, cabelos ao vento, todos eles
Entregava-se  sem tabus por algumas horas
Beijava com exaltação, deixava-se consumir

Eles ficavam impactados com aquela entrega
Maior do que a que esperavam ou mereciam
Despertos, ofertavam mundos e poesias
.
.
.
Mas ela continuava solta e livre
Nua, cabelos ao vento, todos eles
Ela não queria mais ser de ninguém
Agora só pertencia e amava a si mesma
.
.
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Era o seu próprio oceano, os ventos, o navio
.
.
.
E o horizonte.




Artwork: Catrin Welz-Stein(blog sepia version)