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Mostrando postagens de dezembro, 2020

Friedrich Nietzsche

É preciso ter o caos dentro de si para gerar uma estrela dançante. Friedrich Nietzsche Artwork: Agnes Cecile

Um conto.

Ele fora o homem mais aprazível que Joana já havia encontrado e também o mais vil... Mas, como ela sempre tivera apreço por  pièces de résistance , por muito tempo focara apenas no que nele via de raro. Nas prolíficas páginas da sua versão imaginária dele, o que ele tinha de escuso e sofrível era sempre relegado à invisíveis notas de rodapés. E assim, Joana vivera aquele encontro o mais amplamente que pôde, enfrentando com um otimismo míope aquele desafiante dualismo que muitas vezes a partiria.  Sim, fora uma luta longa, lenta e desigual, travada em batalhas repetidas e exaustivas; alimentadas por calmarias mágicas, mas estrategicamente fugazes.  Até que ela tombou, acordou, e finalmente separou o homem real daquele que criara em sua privilegiada ficção. Feito isso, arrancou muitas páginas, reescreveu outras; releu e reeditou tudo até chegar a um único conto — surpreendentemente curto — com começo, meio e fim: Ele fora o homem mais aprazível que Joana encontrou, mas também o mais vil.

Falling out

Há um tipo de amor que Não enfraquece Não desgasta Não perece Ele acaba Porque . . . Se suicida. Photo: Sölve Sundsbo

Big Bang

  Expressar-se é como fluir, ventar, expandir, explodir ou vomitar... A maneira depende se o que sai é inspirador, transformador ou tóxico. Seja como for, é natural e nos move para fora, para cima e para frente Como um míni big bang que vai nos re-compondo e nos re-criando sempre. Artwork: Elizabeth Amento