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Mostrando postagens de 2018

Basquiat

Jean Inocência Voluntariedade Espontaneidade Aventura Coragem Liberdade Privações Insistência Verdade Sonhos Obstinação Sensibilidade Criatividade Fé Carisma Doçura Talento Sorte Oportunidades Atenção Distinção Natureza Resistência Força Brilho Caleidoscópio Explosão Desconstrução Desafio Questionamento Revolução Cores Experiências Liberdade Michel Edições Textos Percepções Recortes Pinturas Colagens Sobreposições Desenhos Expressões Profusão Alma Coragem Amplitude Realização Exposição Conquistas Importância Grandeza Fama Desapego Alienação Decepção Tristeza Pesadelos Reclusão Drogas Prisão Exaustão Abandono Fragilidade Silêncio Morte Arte Eternidade Liberdade Basquiat  Artwork: John N. Yaou

Clarice Lispector

"Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão.“ Clarice Lispector Artwork: Mariana Valente

E quem...

E quem poderia dizer...pensar...supor...perceber... Que eu sentada aqui no metrô, quieta, escutando música no  headphone Estava passeando minhas mãos pelas suas pernas, entre suas coxas apertadas Explorando sua extremidade com toques suaves, fazendo leves pressões aqui e ali Subindo pelo peito, seguindo pelos seus braços fortes, pescoço, até apertar sua boca No momento preciso em que eu sentava, não nesse banco em que estou, mas em você...todo . . . com vontade. Artwork: Aykut Aydoğdu

Pedro Munhoz

Morrer Tenho morrido muitas vezes, Depois, respiro fundo, Lavo o rosto, sigo em frente. Não é fácil morrer, Difícil é renascer, Fingir-se de sol, Cegar a lua, Beber o mar. Detestável seria ter a covardia Dos que me mataram. Eu sigo renascendo, Eles seguem covardes. Pedro Munhoz Artwork:  Catrin Welz-Stein

Despertar

(...) E há dias em que você acorda não para um novo dia, mas para uma nova vida... Artwork:  Alex Chernigin

Depoimento

E quando dei por mim, deu um click... Eu finalmente eu havia perdido todo o medo De respirar... De ir ao encontro De ganhar ou perder De dizer o que penso De ficar rica ou pobre De errar e encarar isso De sentir como eu  sinto De desprezar os  roteiros De dizer não ou receber não De rejeitar o que eu não quero De enfrentar minhas fragilidades De dar muito certo ou muito errado De me expressar como eu bem entendo De desobedecer o que não me represente De viver... Não sei se é corajoso ou suicida Se é maduro ou infantil Pouco importa Foda-se Essa Sou Eu Artwork: Stasia Burrington

Cura

O médico estava embargado, olhando baixo, escolhendo cirurgicamente cada palavra... Juliana precisou resumir aquilo tudo: — Dr. Felipe, sejamos práticos e objetivos: quanto tempo eu tenho de vida boa, sem ter que me submeter a tratamentos violentos que irão me matar muito antes de eu falecer? Ele arregalou seus olhos muito azuis e gaguejou... — Mas, bem...como assim...como...você não quer fazer o tratamento? Eu recomendo que... Juliana precisou interromper aquilo tudo: — Não importa, Dr. Felipe, apenas me responda: quanto tempo posso viver a minha vida como ela é hoje, sem hospitais, remédios pesados e tratamentos massacrantes? Ele pausou, respirou, pensou, ficou duramente sério, e respondeu firme: — Não tem como eu ser preciso, depende de vários fatores: depende de você, da sua natureza, de como seu organismo irá reagir a uma medicação ao menos paliativa...mas não muito mais, alguns meses, acredito que uns...(pausa)...quatro a oito... — ele esclarec

Explosão

Se eu sou ferida no peito, em toda a sua extensão Eu quero puxar o pano e quebrar a louça Eu quero marretar o vidro dos carros Eu quero colocar fogo na floresta Eu quero pixar obras de arte Eu quero machucar igual. Nem que as armas Sejam palavras Sejam textos Pretextos. Artwork:  Naro Pinosa

Martha Medeiros

"Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente."                                        (Martha Medeiros)       Artwork:  Aykut Aydoğdu                        

John A. Shedd

" Um navio está seguro no porto, mas não é para isso que os navios foram feitos "   John A. Shedd Photo: Mali Maeder

Escolhas...

Ela entra no vagão do metrô Ela prefere ficar de pé, imóvel Seus olhos vagam, ela não está ali O ar-condicionado está gelado, ela arde Da sua nuca escorre uma gota  preguiçosa Entra no vão da coluna, descendo pelas costas Encontrando o cós da calça, se esticando bem fina A gota não se detém e ultrapassa o elástico da calcinha Quando a gota passeia no meio da sua divisão, ela estremece No intenso debate entre a razão e a emoção, o corpo cede E age independente, nele não há confusão, só desejos De repente ela se sente nua no meio daquela gente Sem ter como ocultar o peito aberto até o sexo Sua estação chega, ela se apressa para sair E caminha cegamente até sua casa Sem cumprimentar conhecidos Sem desejar uma boa noite Entra rápido no elevador Avança pelos corredores Abre a porta depressa E cai direto na cama Não para descansar Tampouco dormir Cerra os olhos E cede a ele Escondida Entregue Por uma Última Vez ? Artwork: TA Garcia

Ensaios eternos

Ele a observa calado, imóvel, através do vidro da janela Entre as cortinas que as vezes abrem e revelam a imagem dela Ela se move, tira roupas, mexe nos cabelos, escuta música, dança... Ela cria uma bela coreografia com seus movimentos e, de repente, para Ela ameaça olhar na direção dele, mas ele se abaixa muito rápido. Ela sorri. Ele se esconde, pensa em sair, mas ela não aparece entre as cortinas que bailam Ele acha que ela sabe que ele está ali ; ela também acha que ele sabe que ela sabe Ele nunca se apresentará a ela, segue hipnotizado pelo que vê, mas jamais irá tocá-la Ela o incluiria na vida, na cena, na cama; nu sob lençóis, braços fortes atrás da cabeça... Plateia perfeita. Artwork:  Nelli Utalishvili

Natureza

(...) Sim, é fato, eu continuo com uma natural tendência de desbravar Mas ela agora está desprovida da arrogância de querer mudar cursos Entendi que só mudamos a trajetória de rios com violentos artifícios Também não espero mais que a luz do sol consiga iluminar todos os dias E nem ignoro mais o que a noite estrategicamente não revela em suas brumas A jornada finalmente tornou-se mais importante do que o fins que a originaram E as surpresas pelo caminho muito mais prazerosas do que paraísos que não existem Artwork:  Aykut Aydoğdu

Livre

Não me lembro exatamente como começaram meus grande amores; alguns casos esqueci, de verdade; algumas esbarradas serão para sempre memoráveis, mas também não me ocorrem detalhes. Eu só me lembro (muito bem) que eu ainda tenho vontades... Artwork:  Fajar P. Domingo

Cecília Meireles

Não seja o de hoje. Não suspires por ontem.... Não queiras ser o de amanhã. Faze-te sem limites no tempo. Cecília Meireles Artwork: R. Bassani 

Cut

Eu não acredito em gente sem vibração. Artwork:  Aykut Aydoğdu

Maya Angelou

Aprendi que, aconteça o que acontecer, pode até parecer ruim hoje, mas a vida continua e amanhã melhora. Aprendi que dá para descobrir muita coisa a respeito de uma pessoa observando como ela lida com três coisas: dia de chuva, bagagem perdida e luzes de árvore de natal emboladas. Aprendi que, independentemente da relação que você tenha com seus pais, vai ter saudade deles quando eles saírem da sua vida. Aprendi que ganhar a vida não é o mesmo que ter uma vida. Aprendi que a vida, às vezes, nos oferece uma segunda oportunidade. Aprendi que a gente não deve viver tentando agarrar tudo pela vida afora. Temos que saber retribuir também. Aprendi que quando decido alguma coisa com o coração aberto, em geral tomo a decisão certa. Aprendi que mesmo quando tenho dores, não preciso me tornar uma. Aprendi que todo dia a gente deve estender a mão e tocar alguém.As pessoas adoram um abraço apertado, ou mesmo um simples tapinha nas costas. Aprendi que ainda tenho muito o

Eu penso que...

Atitude são palavras com boca, braços, pernas, coragem e verdade! Photo: Unknown artist

Guimarães Rosa

O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem. Guimarães Rosa. (Grande Sertão: Veredas) Artwork: Eduardo Baptistão

Restart!

(...) E cada vez que meu corpo encosta no chão Com um tombo Eu levanto e começo a subir, flutuando, mais leve Mas não mais fraca Não tenho mais medo de cair ou de me ferir no caminho Faz parte da minha dinâmica Quando você entende e aceita a sua jornada, aprende com ela E não se encolhe nem quebra, amplia... Photo:  Susie Loucks

Borbotões

Não, não me peça para economizar o que tenho de sobra Cazuza não concordaria com essa tanta mesquinharia Mas, sim, talvez meu exagero seja restrito a poetas Ou a loucos... Artwork: Larissa Câmara

Passos

De repente ela pensou: Vou morrer de saudade Mas... Como saudade não mata Vou  me despir dela E seguir com a vida Nua. Artwork: Alex Chernigin

Paulo Leminsky

Bem no fundo No fundo, no fundo, bem lá no fundo, a gente gostaria de ver nossos problemas resolvidos por decreto a partir desta data, aquela mágoa sem remédio é considerada nula e sobre ela — silêncio perpétuo extinto por lei todo o remorso, maldito seja quem olhar pra trás, lá pra trás não há nada, e nada mais mas problemas não se resolvem, problemas têm família grande, e aos domingos saem todos a passear o problema, sua senhora e outros pequenos probleminhas Paulo Leminski Artwork: Fernando Carvall

Último suspiro

Te  chamo para  um café ameno Bato no seu peito com raiva Me jogo nos seus braços Levo um soco calado Falo em monólogo Termino o texto Procuro pelas lágrimas Mas não as encontro Elas se recolheram Para felicidades... Artwork: Aykut Aydoğdu

Respiro

Por mais que tudo endureça, há sempre um céu... Photo: Xavier Ritzi

Fluxo

(...) O tempo esmaece até amores Quem dirá mágoas Só temos que prosseguir Preservando o bom das cores E abandonando os dissabores A renovação é uma escolha De quem caminha para frente Sem dar chance a poeiras e limos Estagnação é um apego De quem foge das incertezas Dando chance a atrofias e medos Viver é puro movimento O resto é morte lenta. Artwork:  Catrin Welz-Stein

Cartas

Joana escrevia diariamente cartas imaginárias Que nunca serão seladas ou chegarão ao destino São como os ossos e músculos  que nos sustentam Mas que não precisamos ver expostos ou sangrando... Artwork: Steve K | Fineartamerica  

Âmago

Sem sapatos Sem calcinha Sem roupa nenhuma Sem acessórios Sem maquiagem Sem porra nenhuma Sem medo Sem vergonha Sem trava nenhuma Vestida de mim mesma Andando pelas ruas Finalmente  nua Todos os dias Sem pena De ser Eu Photo: Man Ray